A crise instaurada na Economia Global bateu com força nos portos da China e tudo indica que a situação não vai melhorar tão cedo no país, onde ficam sete dos dez maiores terminais portuários para contêineres no mundo.
As exportações de carga em contêineres caíram em 7% nos cinco primeiros meses deste ano e a tendência do Mercado é continuar, empurrando isso ainda mais para baixo, segundo o jornal Financial Times.
A economia chinesa está sob pressão e isso contribuirá para a queda nas exportações. É muito difícil, neste momento, e sob estas circunstâncias, ver o crescimento da movimentação nos portos de volta aos níveis de 15 a 20% ao ano, como foi possível ver nos anos imediatamente posteriors à entrada da China na Organização Mundial do Comércio, em 2001.
Além da queda nas exportações, os portos chineses também estão sendo impactados pelas fusões e alianças de empresas, o que obrigatoriamente causa impactos nos portos maiores, já que os portos perdem muito em termos de movimentação se eles não se rendem a essas alianças, pois as mesmas simplesmente buscam outros portos e sempre haverá alguém interessado.
Como se não bastasse, os estaleiros chineses, no momento, são parte de um grande problema. Estão vazios, sem muitas encomendas e o problema é agravado, tornando-se um problema econômico para o país, uma vez que os estaleiros possuem suporte do Governo.
O problema de excesso de oferta é uma consequência do excesso de capacidade de construção naval. Como a maioria dos estaleiros do ponta estão na China, eles acabam sendo um ponto crucial em todo este problema.
A crise no setor assusta e não é exclusividade do Brasil; ela já está lá do outro lado do mundo.
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Por Rodrigo Cintra